Desejo-te
Não
tenho noção alguma
Te ver
É sempre
Como romper
O véu da cotidianeidade
Acordo
Irrompe
Às minhas
fronteiras
Outra dimensão
Entranha
Qual promessa
Secreta
À cata das segredos do prazer?
Qual segredo?
Qual mistério?
Nada!
Admiro-te
à discórdia
Que
impõe à minha consciência
Rouba-me (tua imagem)
O
santo
O sacro
E, se vago
Qual
certeza
Em
bocas pouco arrojadas
Porque
não arrancar do pálido
Suas
verdades múltiplas?
Minha vitória diante do branco
Desta folha
Explode
Como
abalo que retorna
Instantâneo
Tudo concreto
Tudo rito diário
(passagem mística ao poço do
desejo)
Desejo-te!