quarta-feira, 26 de outubro de 2011

ARGUMENTAÇÃO PARA RECURSOS IML DF – PORTUGUÊS – PROF. DIEGO AMORIM



Pessoal, seguem as argumentações. Contudo chamo a atenção de voes para que modifiquem um pouco a escrita para que não se configure cópia. 

MODELO DE CABEÇALHO/INTRODUÇÃO DE RECURSO: solicita-se a anulação da questão por não condizer com a realidade textual exposta para análise.
MODELO DE RODAPÉ/CONCLUSÃO DE RECURSO: Sendo assim, não há resposta correta possível para a questão, para a qual pedem-se a anulação e a consequente imputação dos pontos. Termos em que se pede deferimento.

QUESTÃO 1 – solicita-se a anulação da questão por não condizer com a realidade textual exposta para análise. O gabarito aponta como correta a assertiva C, que trata o texto com sendo meramente informativo, pertencendo ao gênero expositivo. Porém, o professor Luiz Antônio Marcuschi no livro Produção Textual, Análise dos Gêneros e Compreensão afirma que texto que se digne a produzir informação para que sejam seguidas como guias de comando, usando-se o imperativo, seja ele em sua forma tradicional, seja sob forma de infinitivo – caso em que o texto se encaixa, uma vez que dá as diretrizes para procedimento em caso de acidentes de trabalho – deve-se ser classificado como sendo injuntivo ou instrucional. A simples exposição de conhecimentos e saberes não faz do texto um injuntivo, mas sua característica principal é a forma com que se dirige ao interlocutor. No texto em análise, essa forma se dá de maneira incisiva e marcadamente autoritária, mas com a suavização do uso de verbos infinitivos – tradicionalmente mais brandos do que o imperativo verbal.  A resposta do gabarito preliminar pressupõe um texto expositivo apenas, o que por si só não condiz com o texto analisado, pelo elemento de ordem pressuposto em todos os tópicos. Sendo assim, não há resposta correta possível para a questão, para a qual pedem-se a anulação e a consequente imputação dos pontos. Termos em que se pede deferimento.


MODELO DE CABEÇALHO/INTRODUÇÃO DE RECURSO: solicito a mudança de gabarito de E para C da questão por não condizer com a realidade argumentativa apresentada na tira.
MODELO DE RODAPÉ/CONCLUSÃO DE RECURSO: Sendo, portanto, a assertiva correta em relação às demais a de letra C, para a qual se solicita a troca do gabarito preliminar. Termos em que se pede deferimento.

QUESTÃO 4 – solicito a mudança de gabarito de E para C da questão por não condizer com a realidade argumentativa apresentada na tira. A assertiva referente ao gabarito preliminar expõe que ‘fica claro que para Calvin ser mãe é algo de muita responsabilidade e que exige grande conhecimento.’ Porém, no texto, apenas e tão somente se deixa subentendido que ser mãe exige conhecimento. Em nenhum lugar do texto, percebe-se a inferência sequer de que ser mãe pressupõe responsabilidade. Isso porque, dado o contexto, quando Calvin sai para chamar a mãe, expõe que ‘não deixam você ser mãe se não souber consertar tudo’. Sendo assim, não há no texto, de forma explícita – como quer a assertiva – ou de forma implícita alusão ao fato de que ser mãe implicaria responsabilidade, tornando a letra E errada. Contudo, percebe-se que o que fora dito na assertiva C está condizente com os preceitos linguísticos da análise do discurso no que concerne ao uso de orações absolutas – ‘período simples’ – com a finalidade de melhor expressar a fala infantil, uma vez que tal fala é eivada de pontuação de pensamento e marcas de pausa para o externar de forma não verbalmente articulada. Sendo, portanto, a assertiva correta em relação às demais a de letra C, para a qual se solicita a troca do gabarito preliminar. Termos em que se pede deferimento.

MODELO DE CABEÇALHO/INTRODUÇÃO DE RECURSO: solicita-se a anulação da questão por conter duas respostas possíveis – a letra E, alvo do gabarito, e a letra C, que também se encontra correta.
MODELO DE RODAPÉ/CONCLUSÃO DE RECURSO: Sendo assim, não há resposta correta possível para a questão, para a qual pedem-se a anulação e a consequente imputação dos pontos. Termos em que se pede deferimento.

QUESTÃO 7 – solicita-se a anulação da questão por conter duas respostas possíveis – a letra E, alvo do gabarito, e a letra C, que também se encontra correta. Não há questionamentos possíveis para a assertiva, pois se trata de vírgula facultativa para separar orações subordinadas adverbiais pospostas à oração principal. Contudo, na assertiva C, afirma-se que a presença da preposição em ‘pôr fim à polêmica’ se deu por conta do verbo que a precede. Está correto o que se diz. Pode parecer que a preposição venha do nome ‘fim’, sendo-lhe complemento nominal, porém, facilmente percebido pela regência do verbo ‘pôr’ nessa acepção. Quem põe fim põe fim a algo. Quem põe termo põe termo a. quem põe cabo põe cabo a – construção mais portuguesa do que brasileira, mas componente da língua. Assim, vê-se que se trata do verbo ‘pôr’ solicitar a presença da preposição ‘a’ e não dos nomes que por ventura o acompanhem: quem põe algo põe algo a algo. A assertiva, portanto, está correta à luz da gramática normativa. Sendo assim, não há resposta correta possível para a questão, para a qual pedem-se a anulação e a consequente imputação dos pontos. Termos em que se pede deferimento.